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domingo, 28 de abril de 2013

Crudivorismo - A arte de não cozinhar




Se cozinhar é uma arte, não cozinhar também o é. Na verdade parece-me um desafio bastante maior elaborar refeições saudáveis e saborosas sem a ajuda do fogo que tanto sabor confere às coisas que cozinhamos. Existe uma dieta alimentar onde não se cozinham os alimentos, chama-se crudivorismo e está cada vez a ganhar mais adeptos. Apesar do crudivorismo em si ser omnívoro, a maior parte das pessoas que o adoptam são vegetarianas ou mesmo vegan.

O que é o Crudivorismo?


O crudivorismo é quando decidimos que já não vamos cozinhar nem processar mais os alimentos. Na maior parte das vezes, seleccionam-se alimentos orgânicos e selvagens. Quanto mais naturais, melhor. Nas dietas omnívoras os “raw foodistas” comem ovos, sushi, carpaccio, queijos e leites crus não pasteurizados. Nas dietas vegan, as estrelas são as frutas, vegetais, nozes e sementes orgânicas cruas ou cozinhadas a menos de 40 °C .

Porquê comer tudo cru?


Muitos autores e nutricionistas consideram que cozinhar os alimentos acima dos 40 °C  faz com que estes percam grande parte do seu valor nutricional e que se tornem menos saudáveis e, por vezes, dependendo do alimento, até prejudiciais para o corpo. Os advogados da dieta crua dizem que as comidas cruas ou vivas contêm enzimas naturais que são essenciais para a construção de proteínas e, consequentemente, para a regenerarão e construção dos nossos corpos.

Mas nem todos concordam; outros autores argumentam que essas mesmas enzimas, tais como outras proteínas consumidas nesta dieta, são eventualmente desfeitas pelo processo digestivo o que as torna disfuncionais perdendo todo o objectivo da dieta.

Entre os seguidores do crudivorismo, existem ainda aqueles que comem apenas frutas, os que bebem apenas sumos e os que comem apenas rebentos. 


Um pouco de história


Quem se lembrou de começar a advogar estas dieta fê-lo como um tratamento de saúde complementar. Foi na Suíça em 1890 e picos que um médico Suíço, Maximiliano Bircher-Benzer, começou a experimentar com os legumes crus e a sua influência na saúde humana. Foi também por essa altura que abriu uma clínica em Zurique para fazer tratamentos seguindo estes princípios. A clínica ainda lá está e ainda recebe milhares de pessoas todos os anos, em busca de um estilo de vida mais saudável.

Livros e estudos


Um dos livros mais conhecidos sobre este tema é o “Raw Energy - Eat Your Way to Radiant Health", por Leslie Kento, editado em 1984. Este livro veio popularizar o consumo de sementes, rebentos, sementes, legumes e frutas frescos e crus como forma de promover uma saúde excelente. Foi um dos primeiros livros que apresentou pesquisa específica sobre os verdadeiros efeitos desta dieta na saúde geral de um ser humano. Neste livro, Leslie analisou, entre outras, a dieta de Max Gerson, um dos pioneiros na utilização de uma dieta crua na cura do cancro.

 O Instituto Gerson e a Cura do Cancro com Comida Crua

Instituto Gerson utiliza uma dieta crua, muito baseada no consumo de frutas e legumes frescos processados em sumos em conjunto com métodos de detox, para curar cancros de todos os tipos. O método diz que se consumirmos 75% de comida crua na nossa dieta, podemos prevenir imensas doenças degenerativas, abrandar o processo de envelhecimento, aumentar o nosso bem estar emocional e os nosso níveis de energia.

Como Preparar a Comida e o Que Comer?


 Comer tudo cru pode ser bastante simples ou um pouco mais complicado. A maior parte dos vegetais e frutas podem ser consumidos directamente, tal como os compras, ou elaborados em simples saladas, sumos, sopas frias. Outras comidas como o arroz e outros cereais e grãos, são mais complicados e requerem que os ponhamos a germinar para se tornarem comestíveis. Alguns especialistas defendem que as sementes e os frutos secos devem ser demolhados durante, pelo menos, 24 horas para se activarem as enzimas benéficas

Depois tudo depende da nossa imaginação e do nosso nível de inclinação artística. Os que gostam de preparar pratos gourmet cheios de estilo, cor e sabor, vão precisar de liquidificadoras, máquinas de sumo e, para os mais audazes, desidratadoras para elaborar pratos mais complicados. Mas estes aparelhos não são essenciais, apenas adicionam um toque de requinte à preparação das refeições, quando se quer algo diferente e mais apetrechado. Congelar a comida é aceitável mas é de evitar pois diminui a efectividade das enzimas.

 Estudos e controvérsias

Como a ciência está sempre a evoluir, estão sempre a aparecer novas descobertas à luz das quais podemos fazer as nossas escolhas. Existem estudos publicados que são a favor desta dieta e outros que são contra. É um pouco dúbio e cada organismo responde de forma diferente às diferentes dietass. O meu conselho é que estudem bem tudo isto e que façam escolhas informadas. Caso estejam interessados na transição, comecem devagar e vão-se adaptando ao que o vosso corpo vos for mostrando.

Na minha opinião devemos tentar consumir o máximo de comidas frescas, naturais, orgânicas e saudáveis mas com peso e medida no que toca à preparação e condimentação da comida. Uma dieta radical não é natural e pode ser prejudicial para vários tipos de condição física. É possível praticar uma alimentação raw vegan com imenso benefícios de saúde mas isto tem que ser feito com muita disciplina e informação caso contrário sofreremos, certamente, de carências alimentares. Esta dieta, feita de forma saudável, requer que se ingiram quantidades gigantes de legumes e frutas frescas e cruas todos os dias. É dispendiosa e requer disciplina militar o que faz com que muitas pessoas que a adoptam não a sigam de uma forma funcional. Mas não deixem que isto vos desmotive de um caminho alimentar mais saudável. informem-se e aprendam tudo o que houver para aprender sobre a ciência por detrás destas dietas alimentares e tomem decisões informadas, adaptadas à vossa realidade.

Eu diria que um 50-50 de cru-cozinhado é um sweet spot que funciona para mim e para a grande maiorias das pessoas adultas e de boa saúde.

 A comida crua é super saborosa e sem dúvida que nos eleva energia e nos deixa radiantes e vivos como a comida que acabámos de comer.

<3 V






2 comentários:

  1. Estive a ler o teu post e achei interessante, já tinha conhecimento desse tipo de dieta tb, mas concordo ctg devemos equilibrar as coisas e não ser radicais ou extremistas, adoro consumir alimentos crus, alias frutas e legumes crus fazem parte da nossa alimentação diaria, mas comida cozinhada e quentinha tb é mt reconfortante principalmente nos dias frios.
    Ja agora parabéns pelo site esta mt giro.
    Beijinhos

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  2. Obrigada Catarina. Sem dúvida, no que toca a alimentação é sempre melhor não adoptar extremos; obrigada pelo teu apoio. Beijinhos

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