Drop Down MenusCSS Drop Down MenuPure CSS Dropdown Menu

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Angkor, casa de Impérios e Deuses sem nome.

Angkor, casa de Impérios e Deuses sem nome.

O Cambodja, hoje em dia, faz parte de uma rota muito popular entre os backpackers  "profissionais"; aqueles aventureiros que viajam meses a fio de mochila às costas, em busca de ver e viver o Mundo. Mas nem só de backpackers vive a Ásia e o esplendor ímpar de Angkor colocou o Cambodja no mapa dos viajantes de elite também. E isto sente-se no ar; no contraste dos alojamentos da cidade mais próximo, Siem Reap onde na mesma rua estão Hotéis espalhafatosos de 5 estrelas ao lado de “lojas” de rua que vendem gasolina a litro, em garrafas vazias de whisky.

Estima-se que, todos os anos, cerca de 2 milhões de pessoas visitam o complexo de Angkor, onde se encontram templos mundialmente famosos como o avassalador Angkor Wat. Este património Mundial da UNESCO contou-me que até o mais Ateu de nós não deixa de sentir uma presença sagrada em tanta arte, beleza e dedicação e lá oferece uma prece envergonhada àqueles Deuses em quem não acredita mas que não pode deixar de sentir. E o que é mais belo nisto tudo é que estes templos pertencem a várias religiões e a nenhuma. Budistas e Hindus rezam juntos às mesmas Divindades numa lição de tolerância e aceitação.


Aqui era a sede do grande Império Khmer que reinou sobre todos aqueles países que agora gostamos de visitar na trilha da "panqueca de Banana", nome com que ficou conhecido o percurso Tailândia-Cambodja-Laos-Vietname. Todo este trilho, que é agora percorrido por turistas aventureiros de todo o Mundo, era governado pelo Grande império Khmer.

A "grande" cidade mais próxima é Siem Reap e é lá que ficam alojados a maior parte dos turistas que vêm visitar os templos. Nós ficámos lá e devo dizer que foi um dos pontos altos da minha pequena viagem de um mês por  estes trilhos. Acho que tivemos sorte com tudo porque tanto a nossa guesthouse como o condutor de tuk-tuk que contratámos para nos guiar foram tudo o que um viajante precisa: acolhedores, amorosos e em conta.

No total pagámos 30 dólares por dois dias de visitas guiadas a todo o lado nos arredores de Siem Reap; podíamos tentar ir por nós próprios, alugar uma bicicleta ou mota mas íamos estar lá tão pouco tempo que achámos que um guia condutor era a nossa melhor escolha para não perdermos tempo a tentar chegar aos sítios e também a nossa oportunidade para alguma interacção cultural. Acabámos por ter o melhor guia do Mundo que se transformou num amigo com quem aprendi um ponto de vista bem diferente e pessoal sobre os problemas políticos e sociais do passado deste povo.




O complexo de Angkor é composto por dezenas de templos e outros edifícios, todos como que feitos para sobreviver aos desafios do tempo e testemunhar a grandeza daquele povo. Nós fomos de manhã e passámos o dia todo em passeios pelas florestas que nunca se calam. Não há nada de silencioso na selva Asiática, os pássaros, os insectos, as árvores, tudo canta e é uma banda sonora mais que perfeita.

Visitámos todos os templos maiores : Angkor Wat, Ta Prohm, Bayon Temple e também alguns edifícios menos conhecidos mas igualmente maravilhosos, como a antiga biblioteca onde se lia em silêncio.



Ninguém sabe ao certo quantas pessoas habitaram em Angkor e o melhor palpite deles é com base nos sistemas de agricultura que foram encontrados nas redondezas que foram avaliados como capazes de suportar um milhão de pessoas. É que nem é difícil imaginá-las lá, distraidamente nas suas tarefas do dia-a-dia, completamente alheias ao futuro onde a sua cidade será Rainha entre os seus pares.





Uma amiga minha tinha-me dito que eu " ia me passar" com o Cambodja e na verdade, é um dos países que visitei em que mais me imaginei a viver descontraidamente e feliz. Antes de ir estive a ver os 2 episódios que o Anthony Bourdain gravou no Vietname. No início do segundo episódio, ele diz qualquer coisa do género:

"Da primeira vez que eu visitei o Vietname, pensei : estou lixado. Nunca mais na minha vida vou ser feliz enquanto não arranjar maneira de vir viver para aqui. Depois disto, como é que eu vou ser feliz a viver em qualquer outro lugar na Terra?".

Percebo-te Anthony, alguém já devia ter escrito uma tese ou dissertação científica sobre a magia da Ásia; é que quando se volta para casa é uma desinquietação que se não é feitiço, parece!

2 comentários:

  1. este post desperta em mim um grande sentimento de inveja... saudável

    ResponderEliminar
  2. Olá João! É um bom sentimento se inspirar à descoberta. Obrigada por me visitares. :)

    ResponderEliminar

food.travel.stories.

Com tecnologia do Blogger.